Estou num quarto escuro de sentimentos,
Cheio de barulhos estridentes,
De ratos e toupeiras,
De cobras, e ovelhelhinas...
Não sinto calor,
Só o ar húmido e de corpos em putrefação...
Esse cheiro embriaga-me,
Puxa-me para um sub-nível obscuro e que me conforta.
Embora continue escuro,
Não sinto nada, nem calor nem frio,
O odor desapareceu...
Permaneço aqui imóvel no breu,
E só assim, plenamente sozinha,
Consigo sentir,
Vislumbrar o meu verdadeiro eu!
Perdi-me, não sei mais quem sou,
Começo a deixar de sentir,
As pessoas estão cada vez mais longe,
E eu estou cada vez mais perto,
De um sítio que antes tinha medo!
Aqui estou eu!
Mais uma vez sozinha!
As lágrimas acabam de me escorrer pela cara,
E então noto que já voltei,
Que afinal ainda estou viva,
Que ainda tenho sentimentos!
E fazem me lembrar que tenho que continuar,
A sorrir ...
Para quê?
Não sei....
Mas espero encontrar a resposta...
1 comentário:
OLá menina bonita e cheia de sesibilidade. Gostei de aqui vir e ler poesia.
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