segunda-feira, 26 de abril de 2010

Era uma vez um menino branco


Era uma vez um menino branco, chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:
É bom ser branco

porque é branco o açúcar, tão doce

porque é branco o leite, tão saboroso

porque é branca a neve, tão linda.

Mas certo dia o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos são amarelos.

Arranjou uma amiga, chamada Flor de Lótus que, como todos os meninos amarelos, dizia:

É bom ser amarelo

porque é amarelo o sol

e amarelo o girassol

mais a areia amarela da praia.

O menino branco meteu-se num barco para continuar a sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos.

Fez-se amigo de um pequeno caçador, chamado Lumumba que, com os outros meninos pretos, dizia:

É bom ser preto

como a noite

preto como as azeitonas

preto como as estradas que nos levam a toda a parte.

O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu, para brincar aos índios, um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:

É bom ser vermelho

da cor das fogueiras

da cor das cerejas

e da cor do sangue bem encarnado.

O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Bábá, que dizia:

É bom ser castanho

como a terra do chão

os troncos das árvores

é tão bom ser castanho como o chocolate.

Quando o menino voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:

É bom ser branco como o açúcar

amarelo como o sol

preto como as estradas

vermelho como as fogueiras

castanho da cor do chocolate.

Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.
Luísa Ducla Soares

7 comentários:

Unknown disse...

Ola, primeira visita em Sonhos de Icaro.

Bom , desculpe, mas este conto, foi vc quem o fez ? Verdadeiro.


Desculpe escrevo em teclado ingles.

Banshee disse...

Olá bem vindo aos sonhos de Ícaro!
Este conto não é meu é de uma autora chamada luísa Ducla Soares.
:)
Espero que continue a ter umas boas visitas viajando pelos sonhos de Ícaro!

Andréia Carvalho Gavita disse...

Que bonito isto. Alma multicor, a pele é acessório de prisma.

Abraço.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Sim. Lindo, inteligente e simples.

Desculpe pela pergunta Banshee. Foi apenas para o intuito de copiar a mensagem. :)

Obrigado.

Banshee disse...

:)

Unknown disse...

Sabe como é a versão real do sonho de Ícaro com a história real.

Era uma vez um homem branco, chamado Fritz Stondell, que vivia numa terra de humanos brancos chamada Europa e que quase toda essa população estava muito doente e vivia uma idade das trevas e dizia:

Estamos todos com peste negra.

A Idade das trevas espalhará pelo mundo.

Tudo é sujo aqui.

Mas certo dia o homem branco partiu numa grande viagem e partiu em direção a uma terra onde todos os humanos são amarelos, mas acidentalmente caiu na terra dos humanos vermelhos.

O homem branco nomeou a terra dos humanos vermelhos de Poulthompensênia e nomeou os humanos vermelhos de Kinêsiskos.

A notícia espalhou pela terra dos humanos brancos

Daí um exercito de homens brancos navegação em um barco com uma bandeira vermelha e uma cruz verde escura estavam na terra dos homens pretos e fugiram por causa que o centro do mundo branco foi invadido por exércitos de humanos castanhos

Daí o barco foi assoprado para a terra dos homens vermelhos e quando chegou numa ponta de praia disse Terra à vista, estupraram uma mulher vermelha saíram e partiram a terra dos humanos amarelos, tentaram introduzir a Idade das trevas nessa terra, os amarelos expulsaram os brancos e esse exército branco junto com o exército de Fritz Stodel começaram a estuprar e matar humanos vermelhos, introduzir espécies invasoras e introduzir a Idade das trevas.

Então a terra dos humanos pretos foi invadida por brancos (weiße Männer) chamados mercadores e começaram a fazer tráfico humano

O caçador chamado Lumumba virou escravo e foi vendido para um colono que colonizava a Poulthompensênia

Como o passar do tempo a Poulthompensênia começou a ficar indepêndente da Europa.

Então na era chama época pré-modernista começa a surgir na Poulthompensênia o Estados Fudidos, o Braskil, o Kanatá, a Ahustrálha, etc e começa a chamar Poltopa e alguém descobre a Ahustrália.

A Europa sofre várias guerras então um bilhão de humanos brancos imigram para a Poltopa.

Assim começa a globalização.
Grá-Grá