quinta-feira, 22 de março de 2007

Centenário do nascimento de Frida Kahlo

Este ano celebra-se o centenário do nascimento da pintora mexicana Frida Kahlo.
Magdalena Carmen Frieda Kahlo Calderón González nasceu a 6 de Julho de 1907, em Coyoacán, um subúrbio da Cidade do México.
A pintora foi uma das figuras mais marcantes do século XX, inovadora e revolucionária, tanto na pintura, como na forma como viveu.
O que mais admiro na sua obra é a sua brilhante e inegualável capacidade de transpor para as telas a sinceridade dos sentimentos humanos. Ali não há lugar à fantasia, aos sonhos, nem aos delírios surrealistas, ali há realismo: há a crueza de uma vida de sofrimento, que é retratada de uma forma extremamente expressiva.
Nos seus quadros vemos uma mulher em intenso sofrimento físico, com o corpo ora cravado por pregos ora por setas, com bastas lágrimas sobre o rosto. Uma mulher solitária, que se sente frequentemente traída, e que surge representada com o coração trespassado. Notamos o seu amor obsessivo pelo marido Diego Rivera, que nunca foi o marido que ela precisava; o desespero e o desgosto por ser incapaz de gerar um filho; é visível uma certa adoração pela morte, natural entre os mexicanos; e um grande orgulho e respeito pelas suas raízes indígenas; Frida usou sempre os trajes de cores vivas e as tranças para o demonstrar.
Apesar de todos os problemas físicos que teve ao longo da vida e de ter sido submetida a dezenas de operações, Frida é um exemplo para todas as mulheres, pela coragem, força interior, pela forma como lutou pelos seus ideais, sem receios ou pudor de ser criticada pelas suas atitudes, agiu sempre de acordo com o que acreditava e por isso deve ser relembrada não apenas como pintora, mas também como a mulher excepcional que foi.




Moisés ou Nucleo Solar (1945)



1 comentário:

Anónimo disse...

Realmente, a vida de Frida é uma lição e suas obras um deleite..
Parabéns!